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Único eclipse lunar total do ano poderá ser visto de domingo para segunda

Boa parte do planeta poderá ver na madrugada da próxima segunda, 21, um eclipse lunar completo, com direito a “superlua”. O fenômeno estará visível em todo o País, se o céu não estiver nublado, e durará 62 minutos em sua fase total. Mas, para apreciá-lo, será preciso fazer corujão.

Pelo horário de Brasília, a Lua começará a entrar na sombra da Terra à 1h33, mas ficará encoberta totalmente só a partir das 2h41, permanecendo assim até 3h43, quando começa a sair da sombra. Às 4h51 a Lua já estará totalmente iluminada pelo Sol novamente.

Os eclipses lunares ocorrem quando a Lua penetra no cone de sombra da Terra, o que só pode acontecer na fase de Lua cheia, como explica Paulo Sergio Bretones, doutor em educação em astronomia e professor da Universidade Federal de São Carlos.

“A Terra gira ao redor do Sol num plano. Por exemplo, supondo que o Sol esteja no centro da face superior de uma mesa, a Terra se move em torno do Sol no nível desta superfície. Ao mesmo tempo a Lua gira em torno da Terra, mas o plano de órbita lunar é inclinado um pouco mais de 5º em relação à face da mesa”, ensina.

“Embora a Terra projete sempre a sua sombra não a percebemos porque geralmente a Lua passa acima ou abaixo da sombra. Assim, quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra e, além disso, o Sol, a Lua e a Terra ficam alinhados, ocorre um eclipse lunar. A sombra da Terra projetada no espaço se estende em forma cônica por cerca de 1,38 milhão de quilômetros e com um diâmetro de cerca de 9 mil quilômetros na distância onde está a Lua”, complementa o pesquisador.

O eclipse desta vez ocorrerá com uma “superlua”, nome que se tornou popular para explicar as situações em que o satélite está no seu ponto mais perto da Terra.

“Como a Lua gira ao redor da Terra numa órbita elíptica, fica mais próxima no perigeu, que pode chegar a 356.400 km, e mais afastada, no apogeu, a até 406.700 km de nosso planeta”, ensina Bretones.

“Isso leva a uma pequena variação de tamanho angular e no seu brilho. Quando a Lua cheia ocorre perto do perigeu, a Lua pode ficar até 14% maior e 30% mais brilhante do que a Lua cheia do apogeu”, diz.

O fenômeno com essas duas características, totalmente visível no País e com superlua, só voltará a ocorrer em 2022. Neste ano, teremos cinco eclipses: três do Sol e dois da Lua. Somente este de segunda será totalmente visível no Brasil.

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