A estudante Geisy Arruda chegou pouco antes das 10 horas de hoje ao Fórum de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para a primeira audiência que decidirá sobre a indenização milionária que pede à Universidade Bandeirante (Uniban).
Ela afirmou que continua morando no mesmo lugar – em Diadema – e que sua vida continua a mesma. Afirmou, ainda, que “sofre muito” por ser apontada até hoje como “a meretriz da Uniban”. O advogado da universidade, Vicente Cascione, mostrou-se confiante. “Vamos ganhar a ação.”
No início da audiência, o juiz Rodrigo Gorga Campos, da 9ª Vara Cível, perguntou sobre a possibilidade de conciliação. A Uniban não apresentou proposta e o magistrado passou em seguida a ouvir Geisy. Por cerca de uma hora, a ex-aluna do curso de Turismo contou detalhes do que ocorreu no dia 22 de outubro do ano passado, quando ela causou alvoroço e foi hostilizada nas dependências da universidade por estar trajando um vestido rosa.
O advogado da Uniban, Vicente Cascione, questionou a estudante sobre os trabalhos que ela fez depois daquele dia, dando a entender que o fato de ela estar fazendo sucesso justifica o não pagamento da indenização.
Testemunhas
Foram convocadas 12 testemunhas. A estudante Paola Cristina Fernandes, colega de sala de Geisy, falou depois da ex-aluna. Segundo ela, a sindicância que a Uniban disse que instalaria para investigar o caso não puniu ninguém. Paola continua estudando Turismo, mas em outra unidade da instituição.
Em seguida, o juiz escutou o depoimento de um segurança da Uniban. Ainda faltam prestar depoimento um coordenador da universidade e outros oito alunos. O juiz Gorga Campos não interrompeu a sessão para um intervalo e promete ouvir todas as testemunhas ainda hoje.