Brasília – O superávit primário consolidado – economia que União, estados, municípios e empresas estatais fazem para pagar a dívida pública – foi de R$ 7,904 bilhões no mês de julho, de acordo com relatório de Política Fiscal divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central.
O resultado foi 32,13% menor que os R$ 11,647 bilhões registrados no mês anterior. Em compensação, ultrapassou em 40,76% a economia registrada em igual mês do ano passado, quando o saldo ficou em R$ 5,615 bilhões, como mostra o relatório elaborado pelo Departamento Econômico (Depec) do BC.
A economia maior, em julho, ficou por conta do governo federal, com superávit de R$ 4,952 bilhões, enquanto os governos regionais contribuíram com R$ 2,224 bilhões e as empresas estatais, com R$ 728 milhões.
De janeiro a julho o superávit soma R$ 79,578 bilhões, o que corresponde a 5,58% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de tudo que o país produz. Melhorou 0,76 ponto percentual em relação aos R$ 62,769 bilhões (4,83% do PIB) economizados no mesmo período de 2006.
O esforço, contudo, não é suficiente para cobrir as despesas com os juros da dívida, que no mês passado somaram R$ 14,087 bilhões ? 78,2% a mais que a economia para pagamento dos juros. No acumulado do ano, os juros chegam a R$ 92,941 bilhões, o que significa déficit de R$ 13,363 bilhões, valor também conhecido como necessidade de financiamento.
O relatório do BC ressalta, porém, que a situação da dívida pública está menos pesada que no ano passado. De janeiro a julho de 2006 os juros somaram R$ 95,096 bilhões e representavam 7,31% do PIB, contra equivalência atual de 6,52% do PIB.
A necessidade de financiamento atual, de R$ 13,363 bilhões, corresponde a apenas 0,94%, enquanto no mesmo período do ano passado chegava a R$ 32,3 bilhões, ou 2,49% do PIB.