Brasília – Um mês depois do maremoto que varreu a costa de vários países asiáticos, causando a morte de mais de 200 mil pessoas, a equipe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) realizou ontem o evento 50 anos do Maior Sismo Brasileiro. Com debates e exposição de trabalhos científicos de pesquisadores das universidade de São Paulo (USP), do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Observatório Nacional (ON), a UnB abriu a discussão sobre o conhecimento da sismocidade nacional e fazer um levantamento sobre o preparo dos órgãos de defesa civil para enfrentar esse tipo de ocorrência. Estudos mostram que o maior terremoto ocorrido no País alcançou 6.6 na escala Richter (que vai até 10) e teve seu epicentro na serra do Tombador, em Mato Grosso. Por ter ocorrido em uma região desabitada não provocou vítimas, mas foi sentido em Cuiabá, distante 400 quilômetros. Para o coordenador do evento, assessor do Observatório Sismológico e professor da UnB, Alberto Veloso, o Brasil não é tão suscetível a terremotos porque o fenômeno ocorre com mais freqüência nas bordas das placas tectônicas (regiões da crosta terrestre que ao se moverem se chocam gerando os abalos) e o Brasil está no meio de uma dessas placas, portanto, longe dessas áreas. "Por esse motivo não há registros numerosos de terremoto em território brasileiro", explica o professor. Segundo Barros, "infelizmente, não há como prever os terremotos". Ele lembra que os pontos potenciais de sismo no País são o norte do Mato Grosso e o Ceará.
UnB relembra maior terremoto ocorrido no Brasil
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