Uma anistia que demorou 93 anos

Brasília – Depois de 93 anos, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara declarou ontem anistia “post mortem” a João Cândido e a todos os marinheiros que participaram da Revolta da Chibata. O Projeto de Lei 7198/02 foi publicado pelo Senado Federal em 30 de agosto passado. A anistia produzirá efeitos, incluindo as promoções a que teriam direito os beneficiados, se tivessem permanecido em serviço ativo, e a pensão por morte. A matéria recebeu parecer favorável do relator, deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ).

João Cândido Felisberto nasceu em Encruzilhada (RS), em 1880. Filho de ex-escravos, entrou para a Marinha Brasileira em 1894, aos 14 anos, época em que as Forças Armadas aceitavam menores e a corporação, em particular, recrutava-os junto à polícia. Este não foi o caso de João Cândido. Recomendado por um almirante, que se tornara seu protetor, logo despontava como líder e interlocutor dos marujos junto aos oficiais. Às 22h do dia 22 de novembro de 1910, estourou uma importante revolta de 2.000 integrantes da Marinha brasileira em águas da Baía de Guanabara. Era liderada por João Cândido Felisberto.

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