Um terço das praias paulistas está impróprio para banho

Das 156 praias monitoradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), 51 estão impróprias para o banho nesta primeira semana de 2010. O número é 34% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 38 praias apresentavam condições inadequadas.

“As chuvas que ocorreram no fim do ano interferiram neste aumento, pois levaram mais detritos para o mar”, diz a bióloga Débora Orgler de Moura, da companhia. “Acho que fecharemos janeiro dentro da média histórica, que oscila entre 20% e 40% de praias impróprias.”

As praias poluídas estão espalhadas em 11 municípios do litoral paulista. O caso mais grave é o da Praia Grande, onde nove das dez praias monitoradas foram reprovadas. Também chamam a atenção a situação de Mongaguá e São Vicente, ambos com cinco de suas seis praias impróprias, e Ilhabela, com seis de suas 13 praias inadequadas.

Segundo a Cetesb, a situação não é preocupante. Mas o biólogo José Luiz Negrão Mucci, do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), considera o quadro alarmante. “O poder público deve determinar a causa desse aumento (da quantidade de praias poluídas). Cada município tem de dizer o que fez e o que não fez para que o número tenha chegado a esse ponto”, defende. “Quanto ao banhista, precisa resistir a entrar na água mesmo sob um calor de 40°C. O risco de contaminação é grande”, alerta Mucci.

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