A TV Brasil, emissora pública criada pelo governo federal no ano passado, vai mudar a sua programação atual, alvo de críticas por ainda carregar supostos vícios de televisões oficiais. O diretor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Orlando Senna, afirmou nesta segunda-feira (25) que já está em curso um movimento de mudanças na grade de programação, em dois estágios: um a ser concluído em março, outro em julho. "A TV Brasil terá uma cara reconhecível", disse Senna.

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Atualmente a EBC exibe basicamente programas herdados da antiga TVE Brasil e da Radiobrás, com algumas novidades, como o noticiário Repórter Brasil. Segundo o diretor-geral, o processo de mudança será feito aos poucos – a identidade visual da TV, por exemplo, ainda não é definitiva.

A presidente da EBC, Tereza Cruvinel, afirmou que a grande renovação da nova emissora será dada pelas produções independentes. Ela disse que o comando da empresa não contava com o "atraso institucional" na votação da medida provisória (MP) que cria a EBC, que só deverá ser concluída em março no Senado, mas declarou acreditar na aprovação final – o texto-base já foi aceito pela Câmara dos Deputados, faltando votar destaques, antes de ser encaminhado aos senadores.

Correspondentes

Uma das mudanças prometidas para a emissora será a designação de correspondentes para Buenos Aires e Caracas, a ser feita assim que a MP for aprovada e a nova empresa tiver um orçamento próprio. A diretora de Jornalismo da EBC, Helena Chagas, explicou que essas duas capitais latino-americanas serão as primeiras que receberão repórteres da emissora em caráter permanente.

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Nos Estados Unidos, a TV Brasil também deverá efetivar uma profissional, que já colabora com reportagens. Contudo, o primeiro correspondente da TV Brasil no exterior começará a trabalhar em Angola em março.