Com lançamento oficial marcado para o próximo dia 23/4 (quarta-feira), o documentário "Palco Esplanada" acompanha a viagem de uma centena de gaúchos rumo a Brasília para participar da marcha dos trabalhadores. A narrativa mostra como os organizadores das centrais sindicais e os batalhões de segurança da Polícia Militar preparam suas estratégias para que o espetáculo se realize.

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A manifestação aconteceu no dia 5 de dezembro de 2007 em prol da redução da jornada de trabalho, sem achatamento de salários. O filme dá tratamento especial ao espaço. Mostra que a Esplanada é mais que uma avenida. É um palco que tem o governo e a mídia como espectadores. As centrais sindicais se prepararam para conquistá-lo. A montagem paralela vai desvelando tensões e expectativas dos três personagens principais: um operário da indústria de calçados do Rio Grande do Sul, o coordenador-geral da marcha e o major comandante do Batalhão de Policiamento do Congresso Nacional.

Altivo, um dos personagens, enfrenta 37 horas de viagem de ônibus para conhecer a capital e participar da marcha que vai pedir ao Congresso mudanças na reforma da previdência. O coordenador do evento, Moacyr, terá que negociar, com as outras centrais sindicais, os custos e as dezenas de detalhes envolvidos na produção da marcha. Já o major Alexandre precisa planejar com seu batalhão a melhor maneira de manter as regras e a segurança durante a manifestação que percorre as ruas centrais da cidade. Tudo para que a marcha alcance seu objetivo: usar a Esplanada como palco para chamar atenção do governo e da mídia para a pauta de reivindicações. Palco Esplanada é o primeiro documentário no estilo "nova observação", produzido pela TV Câmara.

Esse modo de realizar documentário utiliza as mesmas técnicas de filmagem observacional, porém opta por uma montagem muito mais fragmentada, com muitos cortes e planos bem mais curtos. O diretor Getsemane Silva acredita que a montagem mais dinâmica para o documentário observacional é uma adaptação natural do estilo, em resposta a espectadores mais acostumados com o videoclipe e ao cinema contemporâneo. "Optei pela nova observação nesse filme porque acredito que essa maneira de montar se adapta melhor à narrativa paralela de três histórias, além de estar mais identificada com o espectador da televisão", explica.

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Horários de Exibição 
       
Sábado, 26 abril, 20h
        
Domingo, 27 abril, 15h
       
Terça, 29 abril, meia noite
       
Quinta, 1º maio, 21h