A turista inglesa Eloise Dixon, de 46 anos, baleada ao entrar por engano em uma favela em Angra Reis, na Costa Verde do Rio, recusou-se a prestar depoimento sobre o caso. A informação é do delegado Bruno Gilaberte, titular da 166ª Delegacia de Polícia (Angra dos Reis), que investiga o crime.

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Segundo o delegado, Eloise já tem condições de saúde para depor, mas estaria com medo de contar oficialmente o ocorrido à polícia. Ela foi atingida por dois tiros no abdome, passou por cirurgia e tem quadro estável.

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“Ela já tem condições de falar, mas está se recusando a prestar depoimento formal. Nós deixamos um formulário com algumas perguntas, no hospital, para que Eloise e o marido respondam para a gente conseguir mais dados sobre a dinâmica do que aconteceu. Acho que eles estão com medo, com receio, o que é natural. Tem tradutores e pessoas do consulado inglês nos ajudando neste trâmite”, disse o delegado.

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Gilaberte também afirmou que já identificou dois suspeitos de participarem do crime e investiga a possibilidade de um terceiro homem ter participado do ataque. Ele não quis revelar a identidade dos acusados, já que a polícia está à procura deles, mas disse que eles já eram investigados por participação em associação criminosa da favela.

O crime aconteceu quando a inglesa ia de carro do Rio de Janeiro para Paraty, com o marido e três filhos, neste domingo, 6. Eles estavam na Rodovia Rio-Santos (BR-101), quando entraram na comunidade Água Santa, pois entenderam errado uma orientação sobre o trajeto e procuravam onde comprar água. Ali, o veículo em que viajavam foi alvejado.