Turista acusado de abuso sexual volta para Itália

O turista italiano, de 48 anos, preso em Fortaleza acusado de abusar sexualmente da filha de 8 anos, voltou para Itália hoje. Ele, a filha e a mulher, uma cearense de 38 anos, viajaram num voo fretado. O italiano, que é casado com a cearense há 12 anos, sempre passa férias em Fortaleza. Ele passou mal no embarque e o voo atrasou em meia hora.

Abalado, ele disse que a filha ainda não entendeu o que aconteceu e que a mulher quer esquecer todo o episódio. Para ele, houve um mal entendido, pois é costume italiano os pais beijarem os filhos na boca. O turista foi preso em flagrante no último dia 1º, quando tomava banho e beijava a filha próximo a uma barraca de praia em Fortaleza. O italiano passou nove dias preso, sendo parte num hospital da cidade após uma crise hipertensiva. Ele foi solto ontem.

 

Por telefone, ele disse que pretende voltar ao Brasil, mas que vai moderar o carinho com a filha. Ele afirmou que não pretende processar o casal de turistas que o denunciou, nem o Estado pela prisão. O turista é construtor na província de Goidonia, a 20 quilômetros de Roma, e pretende voltar as suas atividades profissionais já a partir deste final de semana.

O embarque dele movimentou o aeroporto internacional de Fortaleza. O turista driblou a imprensa e só falou através do celular do advogado quando já estava no sala de embarque. Sua mulher disse que eles pretendem voltar ao Brasil no ano que vem. “Pretendemos voltar sim, porque não?”.

Ao assinar o alvará de soltura, a juíza Cristiane Pinto de Faria determinou que o turista ficasse à disposição da Justiça Brasileira. Ele poderá voltar a ser ouvido no processo através de carta rogatória. O construtor não pode sair da Itália sem comunicar a Justiça do Brasil, não pode mudar de endereço sem prévia autorização da Justiça brasileira e deve comparecer a todos os atos processuais até o data do julgamento.

Caso seja comprovado o estupro, previsto no artigo 217 da Lei 12.015, que entrou em vigor há pouco mais de um mês, o turista italiano poderá pegar de 8 a 15 anos de reclusão. A legislação classifica ato libidinoso com menor de 14 anos como estupro.

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