Brasília – O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), encaminhou nesta quarta-feira (27) um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, onde pede que seja informado quais documentos são necessários para comprovar as transações comerciais alegadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.
Na perícia encaminhada pela PF ao conselho, com base em documentos entregues anteriormente, técnicos do Instituto Nacional de Criminalística fizeram a ressalva de que não teriam elementos para comprovar se as notas fiscais apresentadas e outros documentos entregues por Renan provavam as transações comerciais alegadas pelo presidente do Senado teriam sido realizadas. Esse o ponto principal do debate no Conselho de Ética, e é por isso que alguns senadores pedem mais investigação.
Renan Calheiros está sendo investigado após denúncias de que teria pago pensão alimentícia a uma filha que teve com a jornalista Mônica Veloso por meio de um funcionário da construtora Mendes Júnior, Cláudio Gontijo. A dúvida gira em torno da origem do dinheiro. Renan apresentou documentos para provar que teria condições de pagar a pensão com seus recursos. Os papéis vêm sendo questionados por reportagens da imprensa e a perícia da Polícia Federal.