Brasília

  – O comando político da candidatura presidencial do PSDB reúne-se hoje em Brasília diante de dois desafios: dar unidade à campanha nacional, que segundo os próprios tucanos ainda está descolada das disputas estaduais de Norte a Sul, e acertar o tom do discurso para deixar claro que a candidatura Serra está colada ao governo Fernando Henrique Cardoso. Não bastasse a má performance do candidato nas pesquisas eleitorais, dirigentes e candidatos se queixam da falta de recursos e de organização na campanha.

Além da escassez de material de campanha, tucanos reclamam por todo o Brasil que as peças publicitárias enviadas aos Estados não mencionam os nomes dos candidatos ao governo e ao Senado. Seguem o mesmo figurino dos outdoors de candidatos do PSDB a governador, como Geraldo Alckmin em São Paulo e Beto Richa, no Paraná, que não falam em Serra.

Isso, apesar de o conselho político ter decidido, há 15 dias, que os candidatos a governo devem atuar como puxadores de voto para presidente, atrelando Serra às campanhas estaduais. “Aqui só tem outdoor do Serra, sorridente e sozinho, sem nem mencionar meu nome ou o de Aécio (Neves, presidente da Câmara e candidato a governador de Minas Gerais)”, queixa-se o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que, assim como Aécio, lidera as pesquisas de intenção de voto para o Senado.

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