O palanque do candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL) a presidente, no Rio corre o risco de esvaziar ainda mais, com a movimentação de setores do PSDB para apoiar a candidatura do senador Sergio Cabral Filho (PMDB), da coligação Unidos pelo Rio (PMDB), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da coligação A Força do Povo (PT) à reeleição.
A iniciativa da aliança informal com Cabral Filho partiu dos deputados federal Eduardo Paes (PSDB-RJ) e estadual eleito José Camillo Zito (PSDB-RJ), que tentam evitar que a decisão provoque uma intervenção do diretório nacional no PSDB regional.
O argumento dos tucanos cariocas é de que essa manobra pode angariar votos para Alckmin, pois o candidato da coligação Unidos pelo Rio a governador atrai eleitores que não estão dispostos a votar em Lula.
Um membro da coordenação da campanha de Cabral Filho confirma que ele negocia o apoio de tucanos insatisfeitos com o prefeito da capital fluminense, Cesar Maia (PFL), padrinho da candidatura da deputada Denise Frossard (PPS) da coligação Unir para Mudar (PPS-PFL-PV), a governador. Segundo a fonte, essa nova coalizão deve ser anunciada na segunda-feira (16).
O presidente regional do PSDB, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha, disse que a legenda recomenda a neutralidade e que qualquer anúncio de adesão será de ordem pessoal. ?É lógico que eles têm direito a voto, mas não vou discutir se haverá punição agora?, afirmou.
