A despeito da ameaça de fechar questão contra a proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado, o PSDB aguarda apenas que o governo apresente uma "proposta de impacto", reduzindo a carga tributária, para negociar uma saída que justifique o voto favorável dos senadores tucanos à manutenção do chamado imposto do cheque.
"Nosso partido não tem o perfil para o tudo ou nada. Se formos por aí, será por falta de opção", admite o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), no mesmo tom dos governadores tucanos que defendem a prorrogação da CPMF, alguns abertamente. A negociação do Planalto com os governadores do PSDB já está em curso.
O próprio governo, diante da resistência dos Democratas, que não aceitam nenhuma flexibilização para aprovar a prorrogação da CPMF, joga as fichas da negociação em cima do PSDB. Prova disso é que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, convidou até o momento apenas lideranças tucanas para um encontro na próxima quinta-feira para discutir a CPMF.