Brasília – Num julgamento que durou seis horas e terminou apenas na madrugada de ontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inocentou o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), e a vice-governadora, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), de 35 acusações de abuso do poder econômico e político e captação ilícita de votos, durante a campanha pela reeleição em 2002.

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Por 4 votos a 2, o TSE concluiu que não existiam provas das supostas irregularidades apontadas pelo candidato derrotado no segundo turno, Geraldo Magela, do Partido dos Trabalhadores. Magela acusou Roriz de usar a máquina administrativa na campanha, prometer terrenos em troca de votos, transportar, ilegalmente, eleitores, fazer uso da publicidade institucional do governo do Distrito Federal nas propagandas eleitorais gratuitas, entre outras supostas irregularidades. Apenas o presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, e o ministro Luiz Carlos Madeira aceitaram os argumentos do candidato derrotado no segundo turno.

O relator do recurso no TSE, ministro Carlos Velloso, disse que os fatos apresentados na ação não foram capazes de comprovar as acusações, que, se aceitas, poderiam levar à cassação do mandato do governador do Distrito Federal. Um dos três ministros a acompanhar Velloso, Gilmar Mendes afirmou que as denúncias eram pueris e não suficientes para a condenação. Mendes concluiu o voto dizendo que a Justiça Eleitoral não é hospital psiquiátrico para resolver a questão da falta de voto.

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