Brasília – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Sepúlveda Pertence, anunciou ontem que, se quiserem, os candidatos na eleição municipal deste ano poderão prestar contas da campanha antes do pleito. “A interferência do poder econômico nas eleições é um dado dramático. Temos aperfeiçoado o sistema de prestação de contas”, afirmou o ministro. No entanto, ele reconheceu que não é possível ter controle total das contas de campanha: “Há uma anedota de que os prestadores de contas fingem que prestam contas e o tribunal finge que acredita”.
De acordo com o presidente do TSE, os candidatos não serão obrigados a prestar contas antecipadamente. “Seria ideal que no dia da eleição o eleitor soubesse quanto foi arrecadado, quem doou e onde as despesas foram efetuadas”, opinou Pertence. Os dados informados pelos candidatos a respeito das contas de campanha são públicos, conforme frisou Pertence e o ministro do TSE Fernando Neves, responsável pelas instruções da eleição deste ano. Esses processos poderão ser livremente consultados em cartório pelos interessados, que poderão, inclusive, tirar cópias. Outra inovação desta eleição refere-se aos debates entre políticos veiculados em emissoras de rádio e televisão. O debate será realizado conforme as regras estabelecidas em acordo firmado entre os partidos políticos e coligação e a emissora interessada em realizar o evento.
Eleitores
O TSE estima que o colégio eleitoral deste ano será formado por 120 milhões de eleitores. Quem não encontrar o seu título de eleitor, poderá votar apenas com documento de identidade com foto recente. Certidões de nascimento e casamento não serão aceitas. O tribunal também informou que foram adquiridas 75.222 urnas para esta eleição a um custo unitário de US$ 460.