A Universidade de Taubaté (Unitau), no Vale do Paraíba, suspendeu nove estudantes acusados de participar de trotes violentos em fevereiro deste ano. Com a medida, dois formandos do curso de medicina foram impedidos de colar grau. Os advogados de defesa já entraram na Justiça para recorrer da decisão e, caso consigam anular a suspensão, os alunos poderão se formar normalmente na instituição paulista, desde que reponham as aulas.
Todos os estudantes foram suspensos por 60 dias após a instauração de uma sindicância interna. Um deles também é formando de medicina, mas já havia sido reprovado por falta. Os nove entraram com liminar na Justiça, mas a Unitau recorreu e conseguiu manter a suspensão para cinco deles.
Durante o trote, os veteranos teriam cuspido no rosto dos calouros e submetido os alunos a constrangimento sexual. Algumas vitimas disseram ter sido obrigadas a dirigir em alta velocidade na Via Dutra e a comer pimenta, sal com alho e ração de cachorro. Outros teriam passado por sessões de depilação do corpo e sido obrigados a ficar horas ajoelhados no asfalto quente.
Calouros também teriam sido levados para uma república chamada pelos veteranos de “UTI” (“Unidade de Trote Intensiva”), onde tiveram de passar ovos com a boca de um para o outro. Conforme a denúncia, quem derrubasse o ovo tinha de lamber o chão e suportar diversas outras humilhações.