Tribunal de Contas indica que cartel do sangue volta a operar no País

Auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) indica a remontagem do cartel de hemoderivados no País. De acordo com sumário da auditoria, empresas produtoras do medicamento, indispensável para pacientes com doenças de coagulação, apresentam propostas de preços semelhantes. Em 2004, durante a Operação Vampiro, um esquema que fraudava licitações para a compra do produto foi desbaratado, levando à prisão de 17 pessoas e afastamento de uma série de funcionários do Ministério da Saúde.

O relatório do TCU indica, ainda, a possibilidade de as empresas a partir de dados sobre estoques do produto no País , adotarem estratégias que permitam posição privilegiada na negociação de novas compras. Estas práticas teriam provocado reflexos imediatos nas contas do programa de hemoderivados. A despesa com medicamentos desta área saltou de R$ 154,3 milhões em 2003 para R$ 231,2 milhões em 2006. ?Uma diferença significativa?, afirmou o coordenador do estudo do TCU, Paulo Gomes Gonçalves.

Entre as empresas que foram alvo da Operação Vampiro, em 2004, estavam a Octapharma e a Baxter. Ambas continuam como grandes fornecedoras de hemoderivados no País. Semana passada, o Ministério Público Federal no Distrito Federal propôs ação de improbidade administrativa contra sete pessoas e empresas envolvidas na Máfia dos Vampiros. Segundo a ação, a Octapharma, Fundação do Sangue e Baxter haviam feito acordo para garantir a divisão do mercado de hemoderivados entre elas.

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