Três pessoas ligadas ao megatraficante colombiano Juan Carlos Abadia deixaram a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, no bairro da Lapa, zona oeste, por causa do término do prazo de prisão temporária. Abadia, de 44 anos, é considerado um dos maiores traficantes do mundo, e foi preso pelos agentes federais no dia 7, no início da Operação Farrapos. Oito pessoas seguem presas na carceragem da PF.
Deixaram a sede da PF dois homens e uma mulher, além do advogados dos três. O grupo seguiu diretamente para Porto Alegre. A PF não quis confirmar, mas seriam um piloto, sua mulher e o filho deles, de 19 anos. O traficante, acusado de participação em 315 homicídios na Colômbia e nos Estados Unidos, teria começado a adquirir terras em Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre, três anos atrás por intermédio deste piloto.
Ele, a mulher e o filho, que tiveram a prisão temporária decretada pela justiça, eram quem cuidavam da mansão, de 500 metros quadrados, em Guaíba, cujo valor foi estimado em R$ 1,5 milhão. A residência fica num sítio de 100 hectares, a 30 quilômetros do centro da cidade. Segundo o advogado, os três agora irão responder processo em liberdade.