Três adolescentes – dois irmãos e um amigo deles – foram assassinados a tiros, no fim da noite de ontem, no Conjunto Hélio Vasconcelos, no bairro Cruzeiro do Sul, na divisa de Maceió com Rio Largo. Eles estavam sentados na calçada da casa dos dois irmãos quando dois homens chegaram de motocicleta e um deles atirou contra os adolescentes. Todos foram mortos com tiros na cabeça. Após os disparos, os assassinos fugiram.

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A mãe dos dois irmãos disse que não sabe o que aconteceu. Os filhos, segundo ela, não teriam envolvimento com o tráfico de drogas. “Eles estavam escutando som, por volta das 23h30. Como o som estava baixo, eu escutei vozes. Quando sai para ver o que era, vi que tinha um cara apontando a arma para eles e outro esperando na moto, também armado”, afirmou. Ela disse que o suspeito que estava em pé a mandou entrar em casa. Minutos depois, ouviu os disparos.

Para a mãe da outra vítima, o filho pode ter morrido porque estava “no lugar errado na hora errada”. “Ele conheceu esses dois irmãos há pouco tempo. Por isso, não tinha muita informação sobre eles. Só agora a polícia disse que eles tinham sido expulsos do Conjunto Denisson Menezes, pelos traficantes de lá, e estavam há dois meses morando aqui no Conjunto Hélio Vasconcelos”, contou. “Meu filho era um menino bom, não tinha envolvimento em drogas, mas pode ter morrido de graça, por estar no lugar errado na hora errada.”

 

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Os moradores do Conjunto ficaram aterrorizados com a chacina, que ocorreu no fim da noite de ontem, mas, até o início desta madrugada, os corpos aguardavam a chegada da viatura do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima. Com a demora no recolhimento dos corpos, o local ficou repleto de curiosos, policiais e viaturas da Polícia Militar (PM). Segundo o sargento PM Ventura, do 8.º Batalhão, apenas os irmãos teriam ligação com drogas na região. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas, ao chegar ao local, as vítimas já estavam mortas.

Para os militares do 8.º BPM, o crime pode ter sido “queima de arquivo”, para impedir que a quadrilha viesse a ser descoberta, ou briga entre gangues rivais. Os peritos do Instituto de Criminalística (IC) disseram que a arma usada na chacina foi uma pistola 380 e 9 milímetros. Os acusados pelo crime chegaram à residência numa motocicleta, com o apoio de um veículo de cor preta, abriram fogo e fugiram sem ser identificados.

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A moto continua sendo desconhecida para a polícia, já que até o momento ninguém ajudou na investigação inicial. Os corpos dos três adolescentes foram recolhidos para o IML, onde passaram por exames e foram liberados, no início desta manhã, para o sepultamento.