O tremor de terra que atingiu no domingo o município de Paraibuna, localizado a 124 quilômetros de São Paulo, alcançou 3,4 graus na escala Richter, apontou hoje o relatório técnico divulgado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Segundo a Defesa Civil, o abalo durou cerca de três segundos, atingiu principalmente a região central da cidade, onde vivem cerca de 12 mil pessoas, e não há até o momento indícios de danos causados pelo sismo. Apesar de o tremor ser considerado de “pequena proporção” – a escala Richter varia de 0 a 9 graus -, trata-se de um abalo de mesma magnitude ao que atingiu a região em 1977, causando pequenos estragos.
O relatório do IPT ainda indica que o provável epicentro do sismo foi a área do reservatório da Usina Hidrelétrica Paraibuna. Após o abalo, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) informou que a usina, seus equipamentos, barragem e diques não sofreram nenhum dano e a rotina de trabalho seguiu normal na unidade de produção. A conclusão da companhia se baseou em uma inspeção visual feita em todas as estruturas e na análise dos cerca de 300 instrumentos de controle e segurança na usina instalados.
Em abril do ano passado, moradores do Vale do Paraíba e do Litoral Norte também se assustaram com um tremor, que chegou a 5,2 na escala Richter e foi sentido em 20 cidades paulistas e em pelo menos quatro outros Estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. De acordo com o geólogo Cristiano Chimpliganond, do Observatório Sismológico de Brasília (UnB), foi um terremoto de magnitude considerável que, se tivesse o epicentro no continente, poderia ter provocado danos graves.
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