Os primos Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Martins do Nascimento deixaram a Delegacia do Metrô, na Barra Funda, na zona oeste, por volta das 18h30 desta quarta-feira, 28. Para conter curiosos, que cercaram o local, gritavam “assassinos” e ameaçavam agredir os presos, os investigadores soltaram uma bomba de efeito moral. Os dois foram transferidos para a carceragem do 77.º Distrito Policial (Santa Cecília).

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Nascimento chegou na delegacia de manhã para prestar depoimento e passar por reconhecimento de testemunhas. Do lado de fora, estavam cerca de 30 curiosos e alguns familiares do vendedor Luiz Carlos Ruas, a vítima da dupla. Com o passar do tempo, o número de pessoas aumentou e chegou a cerca de 200 após a notícia da prisão de Santos. Em alguns momentos, gritos de “assassinos” e pedidos de “justiça” apareciam no meio da pequena multidão.

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Os familiares de Ruas eram os mais emocionados. A mulher dele, Maria Souza Santos, de 55 anos, que também foi até a Barra Funda, não conseguiu entender o motivo de tanta violência. “Meu marido era uma pessoa boa. Era querido dos moradores de rua, porque ajudava a todos. Por que eles mataram um pai de família? Por que pisaram na cabeça dele, mesmo depois que ele já estava no chão? Meu marido foi enterrado com caixão fechado.”

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Prisão

Santos foi encontrado pelos policiais na calçada, com seu advogado, na frente do apartamento de um amigo em Itaquera, na zona leste de São Paulo. Ele era considerado foragido. Na tarde desta quarta, a polícia realizou o reconhecimento dos suspeitos. Nascimento já foi reconhecido por 14 testemunhas, seis delas pessoalmente e as outras por foto.