Uma transexual de Ribeirão Preto (SP) conseguiu na Justiça o direito de visitar o marido no Centro de Detenção Provisória junto com outras mulheres. A Defensoria alegou que a reclamante enfrentava situação discriminatória e constrangedora, por ser obrigada a fazer visita no dia destinado aos homens.
Por não ter realizado cirurgia de troca de sexo, a unidade vinha proibindo a transexual de entrar no local junto com as mulheres. Ela tem 33 anos e o preso tem 25. Os dois estão casados há cerca de um ano – o que pesou na decisão do juiz corregedor dos presídios, Luiz Augusto Freire Teotônio.
Ele viu discriminação contra o casal, que agora pode se ver aos domingos, dia de visita feminina. Além disso, a transexual não precisa passar por revista íntima – apenas o marido deve ser revistado após os encontros na prisão. A ação foi movida pela Defensoria Pública do Estado.