O secretário executivo de Ressocialização do Estado de Pernambuco, coronel Humberto Viana, disse acreditar que a situação no presídio Aníbal Bruno, na zona oeste de Recife, está normalizada, mas que a tranqüilidade atual pode ser apenas aparente.
?Sabemos que a retirada dos líderes da rebelião gera insatisfação nos internos que vêem aquelas pessoas como protetores. Será redobrada – com a participação de um efetivo de 70 homens – a observação nas próximas 48 horas do comportamento dos que ficaram?, disse.
As visitas conjugais, que deveriam ocorrer nesta quarta, foram suspensas por medida de segurança e por causa da destruição das celas. Várias mulheres e mães de presos aguardam notícias dos familiares do lado de fora da unidade prisional.
Atualmente, a população carcerária de Pernambuco chega a 17 mil pessoas, acomodadas em 17 presídios e mais de 70 cadeias públicas. Somente no Aníbal Bruno, são quase 4 mil detentos, enquanto a capacidade é para 1.450.
O promotor de Justiça e de Execuções Penais do Ministério Público de Pernambuco, Marcellus Ugietti, afirmou que recebeu ligações de presos informando que as rebeliões nos presídios de Pernambuco estavam apenas começando. Ele disse que alertou as autoridades policiais do estado com a intenção de agilizar a tomada de providências.