Um grupo de cientistas da Itália e da Suíça desenvolveu um equipamento robótico que corrige o movimento assim que uma pessoa dá um passo em falso, auxiliando na recuperação do equilíbrio. O estudo que descreve os testes com o protótipo foi publicado nesta quinta-feira, 11, na revista “Scientific Reports”.

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De acordo com os autores do artigo, o novo exoesqueleto inteligente, batizado de Órtose Pélvica Ativa (OPA), teve bons resultados e, depois de aperfeiçoado, poderá ser útil para evitar que idosos sofram quedas. O estudo foi feito por cientistas da Escola Sant’Anna (Itália) e da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça. Os testes ocorreram em um hospital de Florença (Itália).

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De acordo com um dos autores, Silvestro Micera, da EPFL, outros trajes robóticos foram projetados para aprimorar os movimentos normais de pacientes, mas o novo protótipo é o primeiro desenvolvido para a evitar um evento inesperado como uma queda.

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“Nosso exoesqueleto inteligente é leve, e é extremamente simples personalizar seu uso. Este primeiro protótipo requer apenas que o paciente se adapte por alguns minutos para que o equipamento ‘aprenda’ seus movimentos”, disse Micera.

Segundo ele, o traje é vestido pelo paciente apenas da cintura para baixo. “O protótipo ainda não é o tipo de traje que pode ser usado fora do laboratório, mas provamos que ele funciona. O próximo passo é torná-lo mais discreto e portátil, para testá-lo em ambiente real.”

Como funciona

O protótipo do exoesqueleto consiste em motores e componentes de fibra de carbono – ajustados às coxas e aos quadris -, conectados por um sofisticado sistema de sensores e computadores. Um algoritmo detecta, em tempo real, possíveis desvios súbitos no padrão de caminhada e, quando um desequilíbrio é detectado, os motores puxam as coxas do paciente para baixo, restabelecendo a estabilidade do quadril e fazendo com que ele recupere o equilíbrio.

Nos testes em Florença, Fulvio Bertelli, de 69 anos, vestiu o exoesqueleto e andou normalmente para que o algoritmo reconhecesse seu padrão de caminhada. Depois, o paciente andou com o dispositivo sobre uma plataforma robótica que produzia perturbações, simulando passos em falso. Quando havia o desequilíbrio, o algoritmo fornecia ao exoesqueleto a estratégia para a recuperação da estabilidade. O traje, então, produzia em tempo real um movimento de torção nos quadris de Bertelli, que se reequilibrava. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.