Traficantes mantêm favelas sob tiroteio há 4 dias no Rio

A disputa por pontos de vendas de drogas, que há quatro dias mantém sob intenso tiroteio as comunidades de três favelas de Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, levou hoje ao fechamento do restaurante popular, que vende refeições a R$ 1,00 e está localizado na principal rua do bairro. Um cartaz, colado à porta do restaurante, anunciava o fechamento “por motivos de força maior”.

Ninguém oficialmente confirmou a informação de que a interdição tenha sido causada pela ocupação do Morro São José da Pedra, localizado atrás do quarteirão do restaurante.

Mas, desde sexta-feira, traficantes do Complexo do Alemão (em Olaria, também na zona norte) invadiram a localidade e tentam ocupar territórios também nos vizinhos Morro da Serrinha e favela da Patolinha, dominados por uma facção rival.

Na região vivem cerca de 25 mil pessoas. Alguns moradores acusaram a polícia de evitar incursões nessas favelas, que não ainda não fazem parte do programa de ocupação policial, desenvolvido pelo governo do Estado.

“Se fosse na zona sul, a polícia já teria agido. Mas aqui em Madureira, nada aconteceu”, disse o diretor de uma das associações de bairro da região, que preferiu não se identificar.

No fim desta tarde, um novo tiroteio teve início no morro São José da Pedra. Segundo informaram alguns moradores da Serrinha, os traficantes trocaram tiros com policiais militares que estavam na ruas que dão acesso ao morro.

Nesta véspera de feriado, o comandante do 41º Batalhão da Polícia Militar (Inhaúma) não estava na corporação, nem a titular da 29ª Delegacia Policial (Madureira).

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