Traficantes descobrem o Nordeste

Fortaleza – Capitais nordestinas, como Fortaleza e Salvador, entraram para valer na rota do tráfico internacional de drogas. Apenas no aeroporto internacional de Fortaleza foram apreendidos 134 dos 180 quilos apreendidos até a semana passada no Ceará. O volume é o maior entre os nove estados da região. Entre fevereiro e outubro, foram apreendidos quase 35 quilos de cocaína no aeroporto internacional de Salvador.

Nos dois últimos flagrantes no aeroporto de Fortaleza, acontecidos em menos de uma semana, três pessoas foram presas. A italiana Patrízia Dondoli tinha 1,2 quilo da droga numa cinta presa às nádegas. O casal Mirugia Altagracia Kuwas, de Curaçao, e Michael Fernandez, de Trinidad Tobago, transportava 8,5 quilos nos fundos falsos de duas malas. Eles tentaram disfarçar o cheiro passando o descongestionante nos sacos que também foram envoltos em placas de chumbo e papel carbono.

As pessoas que transportam drogas, conhecidas como mulas, são, em geral, mulheres entre 24 e 30 anos, a maioria com boa aparência, que ganham entre R$ 9 mil e 20 mil para fazer o serviço. Os métodos empregados para esconder a cocaína variam, mas, em geral a droga é presa ao corpo do traficante com cintas ou fitas adesivas, ou acondicionada em malas com fundos falsos.

De acordo com as estatísticas da PF, a droga que chega à Bahia, em geral é produzida na Colômbia, na Bolívia e no Peru. A cocaína entra no Brasil pelos estados do Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segue direto para São Paulo, de onde é distribuída para estados do Nordeste – como Bahia, Pernambuco e Ceará – que tem vôos internacionais regulares com destino a Portugal, Espanha, Suíça e Holanda, entre outros países europeus.

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