Rio
– A polícia do Rio reforçou a segurança hoje na Academia de Polícia (Acadepol) por causa de uma denúncia de que traficantes jogariam uma bomba no prédio. O policiamento também foi intensificado no Batalhão de Choque (BPChoque), prédio vizinho, no centro da cidade, onde estão os presos que comandaram a rebelião de 11 de setembro no presídio Bangu 1. Criminosos estariam planejando derrubar os muros do quartel usando uma escavadeira roubada de uma obra. O chefe de Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, disse que, na noite de terça-feira, a PM recebeu uma ligação anônima avisando que criminosos iriam explodir a Acadepol – onde são dadas aulas para 1,2 mil policiais civis.Agentes de diversas delegacias especializadas que participam da operação Rio Total cercaram o prédio, que fica no centro da cidade. Teixeira não confirmou se os criminosos também atacariam o BPChoque, mas policiais confirmaram a informação. Durante o dia, o policiamento em frente à academia e ao batalhão foi normalizado. O chefe de polícia não vinculou a ameaça aos recentes ataques a prédios públicos no Rio – na madrugada do último dia 15, bandidos atiraram no Palácio Guanabara, sede do governo estadual e na 6.ª Delegacia Policial, além de lançar uma granada no shopping Rio Sul. Já o diretor da Acadepol, Henrique Vianna, disse que a ação “não é nada que a gente não espere”. “A política deles (dos bandidos) tem sido essa. Nenhum prédio público está livre disso”, acredita. No BPChoque estão presos Luiz Fernando da Costa o Fernandinho Beira-Mar, Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, Márcio Antônio Pereira da Silva, o My Thor, Márcio Silva Macedo, o Gigante, e Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim. Eles lideraram a rebelião em Bangu 1.
Também estão no quartel Marcos da Silva Tavares, o Marquinho Niterói, suspeito de ter mandado fechar o comércio na Região Metropolitana no dia 30 de setembro, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado do assassinato do jornalista Tim Lopes. Os presos poderão ser levados para o presídio Bangu 1 a qualquer momento. As obras na unidade, destruída após o motim, já foram concluídas. A Secretaria de Segurança Pública do RJ não divulga a data da transferência.