São Paulo – O traficante Luciano Geraldo Daniel, acusado de mandar 1 tonelada de cocaína para a Espanha todos os meses, mudou de rosto para enganar a polícia. Fez plástica nos olhos, nas orelhas e no nariz. Tingiu os cabelos de loiro e emagreceu. “Parece outro homem”, explicou um policial do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), que vem investigando o criminoso há três anos. O mesmo policial afirmou que o traficante é o principal vendedor de cocaína do País em liberdade. “Ele é de alta periculosidade, anda sempre com armas de grosso calibre e não hesita em matar.” Uma prova do poder de fogo da quadrilha foi o armamento encontrado no sítio de Ajapi.
Entre as 20 armas apreendidas na casa estavam dois fuzis M-16, iguais aos utilizados pelos marines e pelas forças especiais na Guerra do Iraque. “São armas como lança-granadas, com poder de fogo para derrubar um carro, fazer estragos numa casa”, explicou o delegado Joaquim Alves. O policial fez cursos nos Estados Unidos e em Israel e se especializou em armamento.
Além dos fuzis M-16, Daniel comprou para o grupo carabinas calibre 12, pistolas de calibre 7,56, 380 e 9 milímetros. “Apreendemos junto com as armas muita munição. Os traficantes tinham armamento no sítio para uma guerra”, informou Alves. Com o conhecimento que adquiriu com autoridades americanas e israelenses, ele espera encontrar um caminho para identificar os fornecedores da munição para a quadrilha.
