Mesmo conseguindo reduzir em dois terços o trabalho infantil nos últimos anos, o Brasil ainda tem 1,5 milhão de adolescentes com menos de 16 anos trabalhando. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que informou ainda que o País tem 2 milhões de jovens acima de 16 anos no mercado de trabalho informal.
A ministra Tereza Campello afirmou que o maior desafio brasileiro é combater o trabalho doméstico entre as crianças e os adolescentes. “A gente não encontra mais no Brasil as grandes cadeias que concentravam o trabalho infantil. Estamos com o núcleo duro do trabalho infantil (que é em casa). Isso não dá para acabar apenas com fiscalização.”
Para isso, segundo ela, é necessário reduzir a pobreza, ampliar a educação e fazer campanhas de mobilização para acabar com trabalho dentro das casas e das propriedades rurais. Campello disse, ainda, que o desafio do governo brasileiro é tornar a escola mais atrativa para os jovens.
As declarações da ministra foram dadas no encerramento da 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, que ocorreu em Brasília. No evento, foi anunciada uma declaração que determina a eliminação das piores formas de trabalho infantil até 2016. Campello falou com jornalistas acompanhada pelo diretor-geral da OIT, Guy Ryder.