O total de pessoas vivendo em situação de rua na cidade de São Paulo supera o número de habitantes de mais da metade dos 645 municípios paulistas. Moram nas ruas da cidade ou dormem em albergues municipais 13.666 pessoas, população maior do que a de 328 municípios. Nos últimos dez anos, o total de pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo cresceu 57%.

continua após a publicidade

Os dados do censo da população de rua de São Paulo, feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foram divulgados ontem pela Secretaria Municipal de Assistência Social, que contratou a pesquisa. O trabalho de campo foi feito entre novembro e dezembro de 2009.

Entre aqueles que estão em situação de rua, 7.079 pessoas (51,8%) dormem em albergues municipais, enquanto 6.587 (48,2%) vivem ao relento nas ruas da cidade. Em 2000, o total de pessoas que viviam em situação de rua era de 8.706. Proporcionalmente, havia menos pessoas em situação de rua vivendo em albergues: 45,7%.

Atualmente, existem 8.200 vagas em 41 albergues. A Prefeitura pretende abrir 1.200 vagas até o fim do ano. Para a secretária de Assistência Social, Alda Marco Antônio, a pesquisa mostra a necessidade de criar políticas pré e pós-albergues.

continua após a publicidade

“Não faltam vagas em albergues. O que precisamos é conseguir levar essas pessoas para os albergues, o que fazemos por meio das tendas, equipamentos diurnos que aumentam o contato de educadores com moradores de rua. Depois de albergados, vamos incentivar repúblicas de moradores de rua, casas alugadas que estimulam a autonomia dessas pessoas.” Existem atualmente duas tendas e a Prefeitura promete mais cinco até o fim do ano. Vivem em sete repúblicas 140 pessoas.