A partir desta segunda-feira (24), o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, passa a operar com uma torre de controle provisória e mais moderna. A mudança vai permitir a troca dos equipamentos, do piso e do teto da antiga cabine. ?Como não tem como mexer com todos lá dentro, vamos ficar na provisória até 23 de janeiro?, explica o chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), coronel Carlos Minelli de Sá. A reforma, contudo, não elimina a necessidade de construir uma nova torre, maior e mais alta, em Congonhas. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) deve lançar o edital para essa obra no próximo mês.

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A torre foi construída no topo do prédio central, em 1951, 15 anos depois de o aeroporto iniciar suas operações. ?As necessidades técnicas e operacionais mudaram. No início, usava-se um anemômetro (aparelho que mede a velocidade do vento) um barômetro (medidor de pressão atmosférica), um indicador de direção, binóculos e tabelas de anotações. Hoje temos computadores?, explica Minelli.

A estrutura provisória que vai abrigar os controladores começou a ser montada há mais de um mês. ?A maior parte do trabalho ocorreu depois que o aeroporto parava de funcionar?, diz o chefe da Seção de Navegação do SRPV-SP, o major Emerson Eduardo Moraes. Como as escadas para chegar ao topo do prédio são estreitas, grande parte das estruturas foi içada por guindastes. A torre provisória fica ao lado da antiga e tem praticamente o mesmo tamanho.

A reforma, porém, vai melhorar o aproveitamento do espaço. Todas as CPUs dos computadores ficarão em uma sala no primeiro piso do aeroporto, em um espaço reservado para a Aeronáutica. ?Isso acaba com a situação de um técnico ter de ficar embaixo da mesa do controlador para consertar algum problema?, explica Minelli. Por turno, pelo menos cinco pessoas trabalham na torre.

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Outro problema da atual torre é que, depois da ampliação da área de embarque do aeroporto e da construção dos fingers para estacionamento das aeronaves, a visão do pátio ficou prejudicada. ?Ainda precisamos de uma estrutura mais alta e maior?, afirma Minelli. A obra, que será feita pela Infraero, está orçada em R$ 20,8 milhões. A torre antiga será preservada, pois é tombada. Nesta semana, as duas torres vão funcionar simultaneamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo