Vitória – O Tribunal de Justiça do Espírito Santo tomou, ontem pela manhã, os depoimentos de dois magistrados citados no inquérito que apura o envolvimento do juiz Antônio Leopoldo Teixeira no assassinato do seu colega, o magistrado Alexandre Martins de Castro Filho.
O Tribunal de Justica informou ainda que vai apresentar na próxima segunda-feira um relatório sobre as investigações do crime, como resposta às acusações veiculadas na imprensa sobre a morosidade judicial na apuração deste caso.
O juiz Jaime Ferreira de Abreu, titular da 2.ª Vara Cível de Vitória, afirmou desconhecer o motivo de ter sido citado no inquérito. Na época do crime, Jaime Ferreira ocupava o cargo de diretor do Fórum de Vitória.
O outro juiz convocado para depor ontem, José Rodrigues Pinheiro, substituto da 2.ª Vara Criminal de Vitória, chegou ao local sem falar com a imprensa.
O relator do inquérito, o desembargador Pedro Valls Feu Rosa, deverá ouvir todas as pessoas citadas no inquérito. No domingo, prestaram depoimento no Tribunal de Justiça, Odessi Martins, o Lumbrigão, e Giliardi Ferreira, os dois assassinos confessos do juiz Alexandre Martins Filho. Eles estão detidos na Polícia Federal desde que foram condenados pela Justiça estadual pela execução do assassinato.
Na última sexta-feira, o desembargador ouviu pela segunda vez Antônio Leopoldo Teixeira, apontado como mandante do crime.
Afastado da Vara de Órfãos e Sucessões de Vitória, o juiz foi transferido na noite de terça-feira do Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, para um local não divulgado por questão de segurança.
Segundo o Tribunal de Justiça, o magistrado havia se queixado de que não se sentia seguro nas dependências da corporação e, por isso, foi levado para outro local.
Ele está sob a guarda de um policial durante 24 horas. Antônio Leopoldo Teixeira teve a prisão temporária decretada pelo desembargador Pedro Valls. O juiz foi preso na sexta-feira e, em seguida, encaminhado para o quartel.