A Justiça de São Paulo suspendeu ontem a saída temporária de final de ano de três presos que usavam tornozeleira eletrônica. O juiz corregedor de presídios de Limeira, no interior paulista, Luiz Augusto Barrichello Neto, suspendeu o benefício porque os três presos não cumpriram as regras, segundo o Tribunal de Justiça. Eles passariam o Natal e o Réveillon com suas famílias, mas deveriam permanecer em casa das 22 horas às 6 horas, o que não aconteceu.
Um dos presos que teve o benefício suspenso havia sido condenado a cinco anos de reclusão por tráfico de drogas. Ele cumpriu parte da pena em regime fechado, conseguiu progressão ao semiaberto – em cumprimento no Centro de Ressocialização (CR) de Limeira – trabalhando durante o dia e pernoitando na cadeia.
Segundo a central de monitoramento da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), responsável pelo rastreio e paradeiro de todos os presos com tornozeleiras, o sentenciado circulou por vários bairros de Limeira durante as madrugadas dos dias 25 e 26. O detento nega o fato, mas para apurar a infração foi instaurado um procedimento disciplinar e, se comprovada a irregularidade, poderá voltar ao regime fechado.
O magistrado também suspendeu ainda o benefício de mais outros dois presos que não cumpriram devidamente as regras. Houve casos que os reeducandos voltaram para casa com um pequeno atraso ou se distanciaram do perímetro autorizado. Nesses casos, o juiz os advertiu e eles continuaram com a saída temporária, mas cumprindo à risca as determinações, passando a respeitar os horários.