O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou ontem pela terceira vez o pedido de liberdade de Sarita Fernandes Pereira, ex-chefe de pediatria do Hospital Rio Mar. Ela é acusada junto com o falso médico Alex Sandro da Cunha Souza por homicídio doloso pela morte de Joanna Marins, de cinco anos.
Sarita recebeu a negativa durante a audiência de instrução e julgamento no processo em que é acusada também por falsificação de documentos, exercício ilegal da profissão e tráfico de entorpecentes. A audiência continuará no próxima dia 16, quando serão ouvidas mais duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) e testemunhas defesa.
De acordo com o MP, Joanna era vítima de maus-tratos praticados pelo pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins, preso na segunda-feira. Levada ao Hospital Rio Mar, nos dias 16 e 17 de julho, a criança recebeu alta duas vezes, após ser atendida por Sarita e Souza, que está foragido.
O MP acusa Sarita de se beneficiar financeiramente como chefe de Pediatria ao substituir médicos por estudantes e embolsar a diferença da remuneração. A promotoria aponta ainda que ela falsificava documentos e credenciais para os universitários.