TJ manda rede privada do MT fazer cirurgia emergencial

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso obteve liminar no Tribunal de Justiça do Estado que garante o atendimento cirúrgico de urgência aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais da rede privada. O pagamento das despesas ficará a cargo do governo estadual e do município de Cuiabá. O descumprimento da decisão implicará em multa diária fixada em R$ 100 mil.

A situação caótica da rede municipal de saúde, por causa da greve dos médicos e pedidos de demissão em massa, levou o Ministério Público a entrar com a ação. Os médicos estão em greve desde o dia 7 de setembro, após a recusa pelo prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), da proposta da categoria de piso de R$ 7 mil e demissão do Secretário de Saúde, Luiz Soares.

A crise aumentou após 66 médicos da rede pública de Cuiabá terem pedido demissão. Entre os profissionais que pediram demissão estão 22 cirurgiões do Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Os pedidos de demissão estão embasados em falta de condições de trabalho e baixos salários.

No município de Várzea Grande, para onde estavam sendo transferidos os pacientes do SUS de Cuiabá, a situação também se complicou nesta semana. Na última sexta-feira 45 médicos da rede municipal de saúde de Várzea Grande pediram demissão.

O prefeito Wilson Santos anunciou hoje que fará amanhã uma nova rodada de negociações com representantes do Sindicato dos Médicos. Ele promete apresentar uma contraproposta aos grevistas, que pode por fim ao movimento de paralisação.

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