Em decisão unânime, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu na manhã de hoje levar a advogada Carla Cepollina a júri popular pela morte do coronel Ubiratan Guimarães. Três desembargadores analisaram um recurso proposto pelo Ministério Público e pelo advogado da família do coronel, Vicente Cascione. Ambos questionavam a decisão tomada pelo TJ em julho 2008 que declarou a ex-namorada de Ubiratan impronunciável por falta de provas contra ela.

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Com o resultado da sessão de hoje, não cabem mais recursos no Tribunal de Justiça paulista. Somente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no Supremo Tribunal Federal (STF). Na manhã de hoje, o advogado de Carla, Márcio Thomaz Bastos, ainda não havia decidido se recorrerá ou não aos tribunais superiores. Na audiência de hoje, o ex-ministro da Justiça argumentou que, desde o início, o inquérito policial fora direcionado para incriminar a ex-namorada do coronel, em vez de procurar o autor do crime.

Conhecido por ter comandado o massacre do Carandiru – ação na qual morreram 111 pessoas, em 1992 -, o coronel Ubiratan foi assassinado em 9 de setembro de 2006, em seu próprio apartamento, no bairro de Higienópolis, região nobre do centro de São Paulo. Ele foi encontrado morto, de toalha, no sofá da sala. Ubiratan morreu com um tiro na barriga.

Na mesma semana do crime, a polícia apontou Carla como autora do disparo. O motivo do crime seria passional. O coronel mantinha outro relacionamento amoroso com uma delegada em Belém do Pará, na época do assassinato.

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