Rio – Confrontos entre traficantes dos morros da Rocinha e do Vidigal, na zona sul do Rio, e com a Polícia Militar deixaram nove mortos desde o fim de semana. Quatro corpos ainda estão desaparecidos. No Morro da Providência, no centro, dois bandidos morreram, ontem de manhã. No Vidigal, na madrugada de ontem, três criminosos foram mortos em tiroteio com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM.
Dois foram identificados como Deividon Lourenço da Silva, de 22 anos, e João Felipe Félix da Silva, de 19. Foram apreendidos na favela uma pistola, uma submetralhadora, quatro carregadores de fuzil, uma granada, 155 munições de pistola e 19 de fuzil.
Na madrugada de sábado, quatro traficantes do Vidigal sofreram uma emboscada na Rocinha e foram mortos. Eles teriam sido chamados até lá para negociar assuntos ligados à venda de drogas, segundo a polícia, e teriam se desentendido com a quadrilha local. Um deles seria um dos chefes do tráfico no morro, cujo apelido é Toquinho. Nenhum corpo havia sido localizado até ontem. No sábado à tarde, o grupo que domina o Vidigal revidou e matou o criminoso Márcio de Jesus Silva, de 36 anos, traficante da Rocinha conhecido como Maia, durante tiroteio. No domingo, outro criminoso, cuja identidade não foi divulgada, foi assassinado no Vidigal.
Ontem, o policiamento estava reforçado nas duas favelas. Durante o dia, foram destacados 80 PMs do batalhão do Leblon. O Batalhão Florestal deu reforço ao se colocar na mata que separa as comunidades. O comandante do batalhão do Leblon, coronel Jorge Braga, disse que a guerra entre os dois morros, dominados pela mesma facção, começou em janeiro. Quando há conflitos, o patrulhamento é intensificado.
Em abril, houve o episódio mais sangrento: 13 pessoas morreram depois que o bando do Vidigal tentou invadir a Rocinha e tomar os pontos de venda de drogas.
O tiroteio no Morro da Providência foi entre traficantes e policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. Os policias disseram que os criminosos dispararam contra o Posto de Policiamento Comunitário (PPC) instalado na favela. Nenhum policial ficou ferido. Dois fuzis foram apreendidos. Ainda de acordo com a polícia, quatro bandidos que estavam na laje de uma casa atiraram contra o helicóptero Águia 1 da polícia, que dava apoio à operação.