O delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) do Recife Ivo Onório deve começar a ouvir hoje as primeiras testemunhas da tragédia ocorrida ontem em uma festa de casamento na Estrada de Aldeia, no município metropolitano de Camaragibe (PE). O noivo, Rogério Damascena, de 29 anos, matou a noiva, Renata Alexandre Silva, de 25 anos, o padrinho, Marcelo Guimarães, de 40 anos, e depois atirou contra a própria cabeça. Um outro convidado também foi ferido pelos disparos, mas não corre risco de morte. A polícia não encontrou a arma do crime.

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De acordo com o delegado João Britto, do DHPP, a noiva e o padrinho tentaram evitar serem atingidos pelos tiros, o que indica que ambos não sabiam das intenções do noivo. Segundo o delegado, pela posição do corpo da noiva, de 10 a 15 metros longe dos sapatos, ela deve ter corrido para não ser atingida. Guimarães pode ter tentado se proteger da agressão porque um dos três tiros que o alvejaram alcançou seu punho esquerdo, logo acima do relógio, dando margem para a possibilidade de ele ter tentado bloquear o tiro com a mão. O inquérito será repassado para Onório.

O corpo de Rogério foi enterrado hoje, por volta das 13 horas, no cemitério Santo Amaro, no Recife. No mesmo local já havia sido enterrada, ontem, Renata. Marcelo será enterrado na tarde de hoje no cemitério Morada da Paz, no município metropolitano de Paulista (PE). A família de Rogério não falou com a imprensa durante o velório e enterro. Amigos repetiram a incredulidade e a falta de explicação para a tragédia. Rogério e Renata haviam se casado no civil na última sexta-feira.

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