Rio – O subsecretário das Unidades Prisionais do Estado do Rio, coronel Francisco Spargoli, informou na noite de ontem que, para o governo, a rebelião na Casa de Custódia de Benfica (zona norte), iniciada no sábado, estava “oficialmente” encerrada. Ele atuou como um dos negociadores. Segundo o coronel, os policiais militares esperavam apenas o religamento total da luz para entrar nas celas, recolher as armas e fazer a conferência de presos.
Os rebelados mantiveram 21 reféns, entre agentes penitenciários e policiais reformados, contratados para fazer a segurança no local -14 deles ainda estariam na unidade. No domingo, o agente penitenciário Marco Antonio Borgati, 43, que era mantido refém, foi morto com um tiro nas costas pelos presos. Até a noite de ontem não havia confirmação sobre o estado de saúde dos reféns ou se presos rivais também foram mortos pelos rebelados. Além de policiais, um pastor evangélico participou das negociações com os amotinados. O motim começou por volta das 6h30 de sábado, com a tentativa frustrada de fuga em massa. Segundo a polícia, 17 presos fugiram e três foram recapturados.
Policiais disseram que a fuga contou com o apoio de traficantes da favela Parque Arará, que fica atrás do presídio. Dois veículos esperavam os presos fora da Casa de Custódia de Benfica. Outros três veículos foram roubados nas imediações. No entanto, o governo do Rio informou que iria investigar se houve conivência de funcionários do presídio, na fuga dos presos.