O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse nesta sexta-feira (6) que o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, está preocupado com as dificuldades que o Senado tem atravessado e do clima de tensão existente na Casa, por conta das denúncias envolvendo senadores. Quintanilha disse que foi hoje ao Planalto discutir com Mares Guia problemas relacionados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) no seu Estado e a Medida Provisória que divide o instituto. "Fui tratar de outro tema. Durante a conversa o ministro falou das dificuldades no Senado, do clima de tensão e disse que tem acompanhado o momento de dificuldades que o Senado está vivendo", relatou Quintanilha.

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Em entrevista coletiva, Quintanilha evitou comentar o papel que o Conselho de Ética deve assumir com relação ao suplente do ex-senador Joaquim Roriz, Gim Argello (PTB-DF). Argello é investigado pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, grilagem, sonegação de impostos e improbidade administrativa. Para Quintanilha não cabe ao colegiado emitir um "juízo de valor" sobre o primeiro suplente de Roriz, antes dele tomar posse e antes de existir alguma representação contra ele. Quanto ao fato de Argello já estar diplomado, quando teve seu nome citado em operação ilegal, em março, pela Operação Aquarela, Quintanilha reiterou que não tem segurança de responder sobre a questão, mas disse acreditar que o conselho só poderia agir se Argello já tivesse tomado posse.

Ele criticou a iniciativa de parlamentares, sobretudo os deputados, de hostilizar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), caso ele venha presidir a sessão para votação da LDO. Ele argumentou que não se pode fazer um prejulgamento de Renan e que por ora ele é um senador eleito e está no exercício do mandato.

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