O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou hoje, em entrevista coletiva, que os especialistas do Gabinete Permanente de Acompanhamento dos casos da Gripe A (H1N1), a gripe suína, no Brasil chegaram à conclusão de que seu vírus é mais brando do que se pensava e equivalente ao da gripe comum. Por isso, disse o ministro, o Ministério da Saúde decidiu alterar as recomendações de prevenção e combate ao vírus, de forma a evitar a superlotação dos 62 Centros de Referência especializados.

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Segundo o ministro o risco da superlotação reside no fato de que muitas das pessoas que procuram os centros estão afetadas pela gripe comum. Temporão disse que a letalidade do vírus da gripe suína e da gripe comum é a mesma – 0,4% -, de acordo com a conclusão do Gabinete Permanente de Acompanhamento, comandado pelo Ministério da Saúde e integrado por 16 ministérios.

“Os fatos demonstram que a estratégia de enfrentamento da doença no Brasil é um estrondoso sucesso. A capacidade de contenção tem funcionado muitíssimo bem e vai continuar”, afirmou Temporão. Ao especificar as mudanças nas recomendações, ele disse que as pessoas “não precisam mais correr para os centros de referência aos primeiros sintomas”. Devem procurar os centros apenas nos casos que apresentam mais gravidade, como dor-de-cabeça forte e tosse persistente.

Nos demais casos, disse Temporão, as pessoas devem procurar o hospital mais próximo de casa. O médico, então, determinará se o paciente tem antecedentes patológicos de outras doenças que possam vir a agravar o problema. Nesse caso, sim, esse paciente deve ir ao centro de referência. Mas se for um caso simples, o tratamento é em casa mesmo.

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Temporão relatou que, no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, houve um momento em que mais de 50% das pessoas alegaram estar com sintomas de gripe suína, mas, na verdade, nenhuma delas estava com gripe. Entre as outras, apenas 24% das que estavam gripadas apresentaram diagnóstico de gripe suína.

O ministro da Saúde informou ainda que foram confirmados 19 casos novos do vírus da gripe suína no Brasil: 7 em São Paulo, 6 em Minas, 2 no Rio, 2 no Rio Grande do Sul, um no Paraná e um em Mato Grosso do Sul. Com isso, o Brasil registra até agora 756 casos confirmados da doença, com apenas uma morte. No mundo, registraram-se até agora 89.966 casos em 116 países, com 382 mortes.

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