O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou hoje que o governo estuda a liberação da venda do Tamiflu (fosfato de oseltamivir), medicamento usado contra a gripe suína (H1N1), nas farmácias. O remédio seria vendido com retenção da receita, para evitar a automedicação.
“Estamos revendo a estratégia de distribuição do medicamento”, disse o ministro. Caso a venda do remédio seja liberada, o ministério exigirá garantias do uso racional do Tamiflu. “Temos que evitar a automedicação e a compra sem receita médica porque já foram registrados vários casos de resistência”, completou o ministro.
A diferença no ano que vem, prosseguiu Temporão, é que o País já terá uma vacina disponível. Mesmo assim, o Ministério da Saúde vem revendo detalhadamente todas os aspectos do combate à pandemia, desde a compra de vacinas, recomposição de estoques de medicamentos até formação e capacitação de pessoal e estratégias de comunicação.
O laboratório Roche, que detém a patente do Tamiflu, informou que ainda não foi consultado pelo governo brasileiro sobre a possibilidade de voltar a comercializar o medicamento.
Lei Seca
O ministro participou da abertura do 1º Fórum Global sobre Violência e Acidentes de Trânsito. Promovido pela Organização Mundial de Saúde, o encontro, num hotel na zona oeste do Rio, discutiu estratégias de prevenção para reduzir o número de mortes provocadas por trauma. Segundo o diretor da OMS, Etienne Krugg, das 5,8 milhões de mortes por ano por causas violentas, pelo menos 2 milhões delas seriam evitáveis caso as emergências dos hospitais fossem bem estruturadas.
A Operação Lei Seca, blitze diárias promovidas pela Secretaria de Governo do Estado do Rio, vem sendo apontada pela OMS como referência no combate aos acidentes de trânsito. Segundo o secretário estadual de Saúde, Sergio Côrtes, houve uma redução de 24,18% dos acidentes de trânsito nos seis primeiros meses de implementação das blitze.
