Temporão reconsidera a respeito de recriação da CPMF

Depois de ter dito, ao entrar no Ministério da Fazenda, que não era a favor da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) "porque o governo é contra", o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na saída da reunião com o ministro Guido Mantega, mudou o tom do discurso e passou a considerar a proposta dos líderes aliados "uma possibilidade" de financiamento para o setor. "Sou a favor de todas as iniciativas que garantam ao setor de Saúde uma estrutura de financiamento sustentável. Hoje, o Brasil não tem uma estrutura de financiamento da Saúde que nos permite cumprir o que está estabelecido na Constituição", afirmou, dizendo que o governo não vai propor nada nesse sentido. "O ônus da solução é do Congresso, que criou o problema", disse, para depois destacar que o cenário apresentado por Mantega para o financiamento adicional do setor é "ruim".

Temporão destacou que o retorno da CPMF como fonte para o financiamento da Saúde não é a única proposta. Segundo ele, especialistas na área propõem, por exemplo, que o setor seja financiado com 10% da receita bruta federal. "É muito cedo para se ter uma posição clara sobre isso", disse, ponderando que não cabe a ele sugerir iniciativas na área tributária. "Eu não sugiro, não me meto na política tributária. Defendo mais recursos para a Saúde. O Brasil gasta pouco com saúde e gasta mal", afirmou, defendendo o projeto de fundações estatais de direito privado, que, avalia, terá impacto de melhoria na gestão da Saúde.

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