Temporão: não houve flexibilização no uso do Tamiflu

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje que o Ministério da Saúde não flexibilizou o protocolo para indicação do tratamento da gripe suína com o antiviral oseltamivir (com nome comercial de Tamiflu). “Não há nenhuma flexibilização, o protocolo não muda em absolutamente nada”, ressaltou o ministro, ao pedir para fazer um pronunciamento antes da entrevista coletiva concedida em Curitiba.

“Apenas o Ministério da Saúde está acrescentando no seu protocolo que toda e qualquer prescrição fora do padrão que o ministério estabelece, a decisão tem que ser tomada em conjunto pelo médico responsável, pela autoridade sanitária local, imaginando que possam existir situações muito específicas que justifiquem condutas A, B ou C”, continuou. “São exceções, não rotinas; excepcionalidade, não o dia a dia.” De acordo com ele, esse adendo foi colocado a pedido das sociedades médicas e dos especialistas.

Temporão ressaltou ter visto a informação sobre a flexibilização em noticiários da televisão e em jornais. “Quero dizer em alto e bom som que isso não existe, não sei de onde surgiu esse ruído”, repetiu. Ele acentuou que isso precisava ficar bem claro, a fim de evitar que a população tenha a “falsa impressão” de que agora todo mundo com sintoma de gripe vai poder pegar o remédio e se tratar. “Não vai acontecer isso, porque seria uma situação de grave irresponsabilidade”, acrescentou.

O ministro esteve em Curitiba para inaugurar a unidade do Instituto Carlos Chagas, que terá uma planta de insumos a serem utilizados na produção de reagentes para os kits de detecção do HIV e do HCV (hepatite C). O ministro acentuou que também poderá, futuramente, vir a produzir o reagente para o kit de identificação do vírus Influenza A (H1N1). “Abre-se um imenso campo de novas possibilidades”, disse. Como auxílio para enfrentar a nova gripe, o ministro liberou R$ 6 milhões ao Paraná, a serem entregues em três meses, outros R$ 600 mil para equipamentos de defesa e prevenção da doença, além de R$ 123 milhões para a construção de 30 unidades de pronto atendimento 24 horas.

Temporão disse que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Secretaria de Saúde de São Paulo estão acompanhando o caso da jovem Jacqueline Ruas, de 15 anos, que morreu durante voo dos Estados Unidos para o Brasil. “Precisamos primeiro saber se o óbito foi devido a essa causa ou não”, ponderou. Como houve diagnóstico de gripe suína em um menino no mesmo voo, o ministro disse que todos os passageiros foram cadastrados e orientados para procurar serviço de saúde caso os sintomas apareçam.

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