O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reafirmou hoje, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, que apesar dos quatro casos de gripe suína detectados no Brasil, a situação está sob controle, porque o vírus da Influenza A (H1N1) não circulou. “É claro que nós estamos preocupados, porque os cientistas não sabem o que vai acontecer com essa doença, porque é um vírus novo. Ninguém sabe, numa segunda onda, o que pode acontecer. Detectamos que o vírus entrou, mas não circulou. A orientação é redobrar a vigilância, manter a mesma estrutura, a mesma estratégia”, disse.

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O ministro recomendou que apenas as pessoas que estiveram em área de risco de contaminação do vírus e que apresentaram sintomas devem procurar um médico imediatamente. “Os outros brasileiros não precisam se preocupar”, afirmou o ministro. “As pessoas que estiveram em país com casos confirmados e a partir da chegada, dentro de dez dias, apresentaram febre súbita acima de 38 graus, tosse, dor muscular, dor articular e dificuldade respiratória, devem procurar o serviço de saúde, ou pessoas que não viajaram mas entraram em contato com pessoas que vieram de área de risco e apresentaram esses sintomas também devem relatar ao seu médico para impedir que o vírus circule.”

Temporão desaconselhou a utilização de máscaras como prevenção. “A mascara é indicada para pessoa que está em suspeita ou doente”, disse. Segundo ele, nem as pessoas que vão viajar para outros países devem utilizar as máscaras e ressaltou que a automedicação “é a pior coisa a ser feita”. O ministro lembrou também que embora não haja restrição de trânsito para outros países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as viagens para as áreas de risco sejam adiadas por algum tempo, até que a situação se normalize.

Além do esquema de atendimento em hospitais para o isolamento do vírus, os novos kits de testes, que chegaram dos Estados Unidos, têm facilitado o diagnóstico de casos suspeitos. Foi por meio deles que os quatro primeiros casos no Brasil foram detectados. Ainda hoje, o ministro acredita que outros 15 casos suspeitos poderão ser esclarecidos.

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