O modelo de atenção básica saúde do Rio de Janeiro é um grande equívoco, está todo centrado em hospitais. A afirmação foi feita há pouco, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, para que a epidemia de dengue no estado não se repita em 2009 será necessário criar uma rede de atendimento saúde de qualidade.

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Vamos ter que mudar muita coisa, vamos ter que aumentar a mobilização da sociedade. Vamos ter que aumentar também as intervenções urbanas para saneamento ambiental, como o recolhimento de lixo, por exemplo.

Temporão disse que ficou muito preocupado com cenas que viu no Rio de Janeiro: depósitos públicos abandonados, com proliferação de focos da doença. Isso é o tipo de coisa que não pode acontecer. De acordo com o ministro, outra providência que deve ser tomada no estado é a melhoria no atendimento de casos suspeitos de dengue. O diagnóstico tem que ser mais precoce e o início do tratamento, mais rápido, para que seja possível evitar óbitos.

Para ele, a situação hoje no Rio de Janeiro está mais tranqüila. A estratégia das tendas de hidratação, a chegada de médicos de vários estados para ajudar no atendimento população e o apoio das Forças Armadas, com os hospitais de campanha, foram fundamentais para o começo do controle da epidemia, afirmou.

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Já estamos conseguindo que todos os pacientes que necessitam de internação tenham acesso rápido a ela, destacou Temporão. Com tudo isso, e caso o clima ajude, com a diminuição das chuvas a tendência agora é que o número de casos recue, disse ele.