Porto Alegre (AE) – O temporal da noite de sexta-feira deixou um saldo de três mortes na região metropolitana de Porto Alegre. Em Canoas, a queda de uma marquise matou o policial militar Sérgio Oliveira da Silva, de 41 anos, quando ele ajudava um grupo de pessoas a sair de um prédio inundado. Na estrada que liga São Sebastião do Caí a Portão, o motorista Manoel Vasconcelos, de 45 anos, morreu afogado. Ele perdeu o controle de seu veículo, que caiu numa vala e ficou submerso. E na zona norte de Porto Alegre, o representante comercial Américo de Assis Cardoso, de 50 anos, sofreu um mal súbito depois de ficar quase meia hora empurrando seu veículo para fora de uma área alagada. Acompanhado de vento de até 79 quilômetros horários e granizo, o aguaceiro durou pouco menos de uma hora. Mas teve um volume, de quase 100 milímetros em alguns bairros de Porto Alegre, o equivalente à chuva média de um mês na cidade.
Os primeiros transtornos foram sentidos pelos motoristas que viram as ruas de Porto Alegre se transformarem em rios em questão de minutos. A aposentada Godiva da Costa, 75 anos, teve de ser retirada às pressas de uma ambulância que submergiu, quando voltava para casa, depois de se submeter a exames no Hospital Conceição. Os muros de um estacionamento caíram e a água avançou, danificando 25 carros. No Shopping Center Iguatemi dois módulos de gesso do teto, que estavam pressionados pela água que vazou das calhas, caíram num corredor.
A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo atribuiu a enxurrada à formação de uma nuvem gigantesca de tempestade, resultante do encontro de uma frente fria com o ar muito quente que estava na região.