Prestes a fazer uma nova composição ministerial por conta da desincompatibilização eleitoral, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira, 27, que “acertou na mosca” na escolha de seus ministros. Durante cerimônia de entrega de medalha de mérito Oswaldo Cruz, Temer aproveitou para elogiar Ricardo Barros que deixará a pasta da Saúde até o início de abril. “Acho que o meu acerto maior foi na escolha do Ricardo”, disse o presidente, ressaltando que o ministro “fez economia nos gastos supérfluos e inadequados na área de saúde”.

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No fim da cerimônia, Barros afirmou que pretende sair do ministério até o fim de março, que não deve fazer indicações para o seu sucessor e que acredita que Temer saberá escolher o seu substituto. “Entrego minha tarefa e espero que presidente tenha sabedoria para escolher outro nome”, disse.

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Temer, que apenas nos primeiros seis meses de governo perdeu seis de seus ministros, alguns por suspeitas de irregularidades, fez uma espécie de balanço das suas escolhas para a Esplanada, começou exaltando a equipe econômica, mas logo depois disse que também acertou na Educação e na Integração Nacional.

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O presidente voltou a citar as obras de Transposição do Rio São Francisco, onde colocou “verbas suntuosas” para o projeto e também exaltou ações que considerou positivas na área do Meio Ambiente. Sem citar projetos polêmicos do setor, Temer disse que desmatamento da Amazônia caiu e que o governo está cuidando do recente caso de vazamento de minérios em Barcarena, no Pará.

Ao citar a intervenção na segurança do Rio, o presidente disse ainda que seu governo é pautado não apenas pela coragem, mas também pela ousadia. “Tivemos uma coragem constitucional ao fazer a intervenção parcial na área de segurança pública no Rio”, destacou.

Homenagem

Ao todo, 33 pessoas foram condecoradas por Temer e pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. A medalha é entregue a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da área da saúde.

Entre os 33 agraciados estão os dois médicos do presidente: Roberto Kalil Filho, diretor da divisão de Cardiologia Clínica do Instituto do Coração (InCor), que foi o responsável pela colocação de stents no coração do presidente, e também o urologista Miguel Srougi, que operou o presidente em decorrência de problemas na uretra.

Entre os homenageados estão ainda o médico Drauzio Varella, o presidente do Conselho da Sociedade Israelita Brasileira Albert Einstein, Claudio Lottenberg; o secretário de Estado de Saúde de São Paulo, David Uip; e até o deputado federal, Darcísio Perondi.