Para o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o diálogo com o PT está mais fácil, apesar de disputas internas, e pode mesmo levar a parcerias nas eleições de 2008. ?Há uma coalizão sólida na área nacional, que pode se repetir nos grandes municípios, e é natural uma aproximação?, constata.

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Após enfrentar dissabores na relação com a ala do PMDB controlada pelos senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), Temer passou a ser importante interlocutor do presidente Lula. É também cotado para vice da chapa petista à Prefeitura de São Paulo, principalmente se o candidato for o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. ?Mas as conversas ainda são muito prematuras para qualquer decisão?, ressalva.

Na prática, os planos dependem da evolução do cenário político não só paulista como nacional. Lula e o PT não descuidam do PSDB e do governador José Serra, que pretende apoiar a reeleição de Gilberto Kassab (DEM). O aval tem motivo: Kassab articula a adesão do DEM a seu plano presidencial para 2010.

Além disso, Serra quer tirar o ex-governador Geraldo Alckmin do caminho e da disputa pela Prefeitura e fazer dele candidato ao governo paulista em 2010. Seria um tucano a menos para seu projeto rumo ao Planalto, que no PSDB ainda pode ser desafiado pelo governador de Minas, Aécio Neves.

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